terça-feira, 14 de julho de 2009

Tavira acolheu a imagem peregrina de N. Sra. de Fátima

Eram por volta das 19 horas, quando no passado sábado, dia 4 de Julho, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegava à capela da Senhora da Saúde (na zona da Asseca), vinda de Alcaria do Cume onde foi lhe realizado um primeiro acolhimento pelos cristãos das duas paróquias de Tavira.

Debaixo de muito calor e acompanhado por um pelotão de cerca de 70 ciclistas do concelho de Tavira que fizeram também o percurso desde o limite da freguesia de Santa Maria, o veículo da paróquia de Cachopo que transportava o andor com a imagem mariana chegou para a celebração da Eucaristia.

Descido do jipe branco da Associação de Jovens do Nordeste Algarvio – Inter-Vivos, o andor foi carregado em ombros pelos ciclistas pelo recinto de festas até ao palco transformado em altar para a celebração.

O padre Dinis Faísca, pároco de Tavira, começou por recordar a presença da imagem peregrina naquele lugar no dia 28 de Janeiro de 1955. Ao numeroso grupo presente lembrou que “na imagem de Fátima está o apelo de Maria”. “Com Ela somos convidados a peregrinar ao encontro de Cristo. É para Ele que a Mãe aponta, instigando-nos a aprofundar os conteúdos da fé; a assumir com maior consciência, a partir dos sacramentos de iniciação cristã, o sentido de pertença à Igreja e de participação na vida da comunidade; a intensificar uma participação mais viva e fiel na Eucaristia dominical, bem como à adoração eucarística nas nossas comunidades; a celebrar o sacramento da Reconciliação como meio privilegiado de conversão pessoal; a superar a separação entre a fé que se professa e se celebra e a nossa vida”, concretizou.

Na homilia, recordando a forte devoção a Nossa Senhora arraigada em Tavira com a existência de cerca de 38 invocações marianas em plena cidade, o prior evidenciou a personalidade de Maria como “uma mulher humilde, do silêncio”. O padre Dinis Faísca lembrou que é Nossa Senhora que “prepara o caminho”, como aconteceu nas bodas de Cana. “«Fazei tudo o que Ele vos disser». É exactamente isso que Ela continua a sussurrar-nos ao ouvido”, explicou o sacerdote, salientando que “Maria esteve sempre presente, de forma silenciosa, nos momentos-chave da vida de Jesus Cristo”.

“Mais do que receber bem a imagem peregrina, saibamos receber Maria”, apelou o pároco de Tavira, clarificando o sentido da verdadeira devoção mariana. “Esta imagem, que não é sagrada, aponta-nos para algo que é sagrado: a Nossa Mãe do Céu. Isso sim é sagrado e importante”, justificou, acrescentando que “ainda que a imagem desapareça, aquilo que ela representa perdura para sempre”. “O amor da Nossa Mãe por cada um de nós, a intercessão da Nossa Mãe junto de Jesus Cristo por cada um de nós permanece para sempre. E é isso que a imagem nos deve recordar e só isso, pois nem sequer é a presença eficaz de tudo isso. É uma recordação”, frisou.

A terminar desejou que os tavirenses saibam “caminhar com Maria ao ritmo de Jesus Cristo”. “Só Ele nos salva e só Ele nos poderá dar a paz. Só temos um salvador, mas temos uma Mãe que nos ama e nos ajuda aproximar de Jesus”, concluiu, exortando os paroquianos a que vivam os 15 dias de visita da imagem peregrina (até dia 18 de Julho) com o intuito de se recarregarem das graças recebidas no Baptismo.

Após a Eucaristia, concelebrada pelo padre Flávio Martins, pároco de Cachopo e pelo padre David Sequeira, ex-pároco de Tavira, a imagem peregrina de Nossa Senhora foi transportada de charrete até à igreja de Santa Maria, num percurso acompanhado pelo Grupo Equestre de Tavira.

Ali, teve lugar à noite um concerto pelo Coro do Carmo da Diocese de Beja.

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